segunda-feira, 11 de maio de 2009

Paralelismos

Ao lermos esta obra podemos comparar certas acções a coisas já passadas. As que destaco são:

Quando no início do livro Blimunda encontra pela primeira vez Baltasar, ela pergunta-se acerca do seu nome no decorrer de um auto-de-fé, sítio onde se dá a morte do seu amado:

"Que nome é o seu, e o homem disse, naturalmente, assim reconhecendo o direito de esta mulher lhe fazer perguntas".

Naquele extremo arde um homem a quem falta a mão esquerda".

Talvez o local de encontro destes amantes onde se conheceram pela primeira vez fosse um prefácio para o que os iria separar. Tudo devido à perseguição pela Inquisição, ou seja, tudo acaba onde começou.

Quando a Inquisição condena a mãe de Blimunda no início do livro e no final da história é condenado Baltasar e finalments a comunicação que Blimunda tem com a sua mãe e com Baltasar, ambos num momento de desespero:

"não fales, Blimunda, olha só com esses olhos que tudo são capazes de ver";
"adeus Blimunda que não te verei mais".


"Então Blimunda disse, Vem. Desprendeu-se a vontade de Baltasar Sete-Sóis".

Na minha opinião o amor que Blimunda tem pela mãe que está prestes a ser condenada é reforçado desde o momento em que conhece Baltasar que de certa forma a completa. A mãe de Blimunda e Baltasar são duas forças fulcrais para esta personagem. Uma que simboliza os seus poderes e outra que simboliza o amor. Ambas simbolizam uma cara-metade.

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